Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Você não está conectado. Conecte-se ou registre-se

Capítulo 1 - Perigos no Trânsito

+4
Lobo
O Sombra
Yaridovich
Super-Admin
8 participantes

Ir à página : 1, 2, 3  Seguinte

Ir para baixo  Mensagem [Página 1 de 3]

1Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Sáb maio 30, 2009 3:08 pm

Super-Admin

Super-Admin
Entidade Cósmica
Entidade Cósmica

Beto, Yari e Marcos

O trio de amigos estava reunido em uma pequena clareira, no meio de uma floresta tão gigantesca que parecia não ter fim. As árvores que os cercavam eram tão altas que pareciam alcançar os céus, e o som da mata virgem e de pássaros podia ser ouvido constantemente.

Todos ali sabiam que nada daquilo era real. Tratava-se de uma projeção holográfica sólida, uma simulação da Sala de Treinamento. Tempo e espaço não passavam de opções dentro da tecnologia empregada por Henshaw para construir aquela sala, capaz de replicar com fidelidade física perfeita a infindável amplitude dos oceanos do mundo, até o aperto de uma caixa de fósforos.

Mesmo Haaji era vítima daquela realidade semi-virtual. As cores, os cheiros, os sons da natureza eram replicados e enviados para sua mente através de uma freqüencia infima de ondas psíquicas. Apesar de não poder ouvir as árvores e as plantas falarem, podia sentir firmemente a terra porosa debaixo de seus pés. Mesmo sabendo que na realidade havia apenas o piso metálico do Instituto. Incrivelmente perturbador.

Os jovens estavam cansados e ofegantes. O treinamento era cada vez mais desgastente. Robert os espremia mais e mais. O clima no Instituto estava falso e pesado. Os mais jovens não faziam idéia do porque de Michael ter desaparecido, nem tinham idéia do aparecimento do Escravista e da fuga de outros membros do antigo grupo de vilões entitulado Sociedade Sanguinária. Somente Arthur, Haaji e Joseph tinham capacidade de defender o Instituto se necessário, e portando não tinham tempo a perder.

Um guardava as costas do outro, com os olhos atentos na mata densa. Polarity limpou o rosto suado com a manga de seu uniforme, percebendo uma mancha de sangue em sua roupa. Seu nariz estava sangrando. Aquele ambiente escolhido por Robert era particularmente irritante para Joseph: nada de metais em um raio de quilômetros. Podia sentir a presença opaca de um veio de minério ferroso há alguns metros de profundidade de onde estavam, mais alguns rochedos espalhados pela floresta, mas era só.

Thunderblade estava a postos, com as pernas flexionadas e uma de suas espadas sendo empunhada por ambas as mãos firmes. Sua armadura estava trincada, resultado de um ataque de monstros de pedra que se ergueram de um penhasco onde haviam se refugiado instantes atrás. Faíscas elétricas azuis corriam pelo seu corpo. Ele sabia que bastaria ele tocar sua tatuagem duas vezes para que a armadura desaparecesse e então voltasse intacta... mas os segundos em que ficasse desprotegido, poderiam se mostrar letais. Talvez Robert, em silêncio na cabine agora invisível, lá no céu do holograma, desejasse isso.

Haaji tinha uma das mãos enraizadas no solo. Sua forma arbórea estava desgastada, assim como seus amigos. Suas folhagens estavam murchas e amareladas. Não havia como extrair minerais de verdade de uma ilusão sólida, por mais manipulável que fosse aquele mundo artificial.

O egípcio abriu os olhos ao sentir as primeiras vibrações, que somente foram aumentando e aumentando e aumentando.

-Está vindo mais um! -Gritou o rapaz-verde, antes do chão próximo dos jovens explodir violentamente, fazendo todos capotarem para trás com força. Pedregulhos e poeira voavam por toda parte, conforme um enorme corpo serpenteoso saía de um túnel escavado. Lembrava um enorme verme ou centopéia, com uma enorme cabeça adornada de chifres e uma bocarra vertical. A criatura, que se extendia do solo cerca de 10 metros, rugiu monstruosamente enquanto um círculo de chamas se acumulava em sua garganta, fazendo sua pele parecer transparente, o que acontecia poucos instantes antes de uma enorme labareda de chamas.



Última edição por Super-Admin em Seg Jun 15, 2009 12:14 am, editado 1 vez(es)

https://omniverso77.forumeiros.com

2Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Sáb maio 30, 2009 4:02 pm

Super-Admin

Super-Admin
Entidade Cósmica
Entidade Cósmica

Renata, Raphael, Tadeu e Dana


-Porque sim, ora bolas! -Foi a resposta que o professor Helmund deu para a máquina sentada ao seu lado no grande ônibus onde estavam aguardando. O homem conhecido como Doutor Elemento era um sujeito pacato e magro, mas muito engraçado e divertido. O ralo cabelo era cuidadosamente penteado para o lado de tempos em tempos, e os grossos óculos teimavam em lhe cair do nariz. Pendurado em sua cintura, estava um artefato, espécie de pequeno cajado, mas de coloração dourada. Tinha o tamanho de uma lanterna dessas que os guardas noturnos usam, grandes e robustas.

Intrigado, o herói aposentado se virou para Siren-5, fitando a face sem feições da máquina. -Qual é o problema, amigão? Não gosta da companhia do velho Helmund? Não acha o passeio pela cidade excitante?

Na realidade, Siren-5 apenas queria saber porque ele havia sido escolhido para acompanhar o senhor Helmund para o aeroporto. Estavam estacionados ali esperando pelo avião que traria os três últimos alunos do Instituto, que então ficaria um tempo sem aceitar novos estudantes. O próprio robô havia sido recriado nos laboratórios do Professor Henshaw há apenas alguns dias atrás. Pelo cérebro lógico da máquina, qualquer outro aluno, devido a experiência e tempo de convivência com os instrutores, seria mais apto e mais capaz de acompanhar o instrutor alemão de Química, Física e outras exatas.

-Ora, achei que faria bem pra você conhecer um pouco do mundo de fora. Você apareceu fazem dois dias, e até agora não saiu dos laboratórios... ora, não se preocupe, garoto. É, é, eu sei que você não é garoto. Mas deixe um velho com as suas manias, sim? O que importa é que será divertido. Agora... onde estarão esses...

O professor já colocava a cabeça para fora do grande ônibus negro, apertando os olhos pela luz forte do meio-dia. Era um belo sábado. O metamorfo de metal percebeu lá adiante a chegada dos garotos e suas famílias.

Pandora vinha acompanhada de sua tia. Madame Branda Allard era uma bruxa competente e misteriosa. Estava trajada totalmente de negro, caminhava sutilmente por baixo de seu vestido fino e carregava sobre a cabeça um chapéu exótico cuja tela pendia sobre sua face seca. A menina carregava consigo apenas o necessário, guardado dentro de uma pequena mala que era levada pela sua responsável.

Leon vinha carregado. Seus pais, preocupadíssimos, fizeram questão de comprar presentes para seu filho querido, entupindo o rapaz de mochilas e bolsas com as coisas mais inúteis imagináveis. Seu pai, atrapalhado, carregava ele mesmo uma dúzia de bagagens. A mãe chorava e assoava o nariz, abraçada em um dos braços do filho. Quase toda sua família havia viajado junto com o rapaz, corujas como eram. Suas irmãs, a mais velha e a mais nova, vinham atrás. Queriam ter certeza de que seu filho fosse bem tratado e recebido, e por isso estavam ali.

Mais atrás vinha Prudence. Ao contrário dos outros, ela vinha sozinha, e não carregava nada além das roupas do corpo e de uma bolsa com poucos pertences. Prudence era a única ali que já conhecia o Instituto, tendo relações próximas com a Instrutora de Psicologia, Sociologia, Ética e História, Margareth Fogo Fátuo. E não podia deixar de achar engraçadas as figuras que a acompanhavam.

-Olá! Meu nome é Tidor Helmund, amigo do Professor Archibald Henshaw, e instrutor do Instituto Henshaw para Meta-Humanos.

-É um prazer, senhor Timbor. -Disse o atrapalhado pai de Leon, estendendo a mão e todo o corpo para cumprimentar o professor que estava dentro do ônibus, derrubando assim algumas bagagens no chão. -Eu sou Harold, esta é minha mulher Stephanie. Estas são minhas meninas, Michelle e Lara...

O instrutor acenou para cada um sem jeito, olhando a pilha de bagagens aumentando. -Tidur. Meu nome é Tidur e, bem, é um prazer conhecer todos vocês mas...bem... seu filho possui muita bagagem...

-Oh não, não, não, hehe. O senhor está cometendo um equívoco, na realidade parte destas bagagens são nossas, minhas, de minha mulher e de minhas filhas.

-Vocês estão de férias... em Capital City???

A tia de Pandora aproximou-se do ônibus, erguendo o olhar para o super-herói químico. -Acredito, senhor Tidur, que este cavalheiro e sua família tenham o mesmo interesse que eu. Me chamo Branda Machimillian, e eu e o senhor temos um amigo em comum. Gostaria de ver o Instituto com meus próprios olhos antes de deixar minha amada afilhada e sobrinha sob os cuidados de seu pessoal. Creio que seja justo que ao menos passemos uma noite na casa onde nossos entes residirão por tempo indeterminado.

O professor trocou um rápido olhar para Siren-5, que estava mais atrás no ônibus, tão perplexo quanto o velho herói. -Desculpem, mas isto não estava planejado! Agora fui pego de surpresa, eu acho que... ah, dane-se! Não sou o panaca do Robert Dwayne! Entrem todos, pessoal! O ônibus maluco do titio Helmund está para zarpar! HUHUU!

Todos começaram a subir no grande ônibus, com Branda puxando a orelha do instrutor pouco após ele se sentar. -Modere sua linguagem diante de minha sobrinha, senhor Helmund. O senhor está diante de uma dama! E de uma bruxa. Comporte-se ou transformo-o em um sapo!

A mãe de Leon, que entrava na frente, quase teve um ataque ao enxergar o Multiforme, soltando um grito de medo ao vê-lo se mexer. -AI! ESSE BONECO ESTÁ VIVO! -Gritou o pai do rapaz amaldiçoado, apontando para o robô enquanto quase engolia o bigode de nervosismo.

https://omniverso77.forumeiros.com

3Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Sáb maio 30, 2009 5:00 pm

Yaridovich

Yaridovich
Parceiro Mirim
Parceiro Mirim

Thunderblade estava esgotado... Fisicamente e mentalmente. Fisicamente pelo óbvio esforço físico do treinamento, e mentalmente por causa de Robert. O que havia na mente do Professor para fazê-los passar por aqueles treinamentos absurdos? Não que fossem crianças, mas definitivamente não eram como os mais experientes! Ainda estão aprendendo a controlar seus poderes e superar obstáculos... Aquilo tudo era um absurdo!

E então, Haaji os avisou de mais um ataque... De tão esgotado que estava, ele ainda estava processando as palavras do companheiro arbóreo quando o tentáculo surgiu debaixo de si, lançando-o para trás. A única reação foi girar no ar e cair sobre os próprios pés, evitando chocar-se bruscamente contra o solo, mas respirando ofegante. A armadura danificada não colaborava, e ele estava tão cansado que já não conseguia mais lutar com as duas armas, tendo que focar-se em usar apenas uma.

Arthur respirou fundo e correu na direção do tentáculo, tentando cortar sua base com a lâmina azulada. Achava difícil conseguir destruir o tentáculo assim de primeira, mas sua intenção era mais criar uma distração para Polarity e Greenboy do que atacar propriamente dito.

4Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Sáb maio 30, 2009 5:43 pm

O Sombra

O Sombra
Entidade Cósmica
Entidade Cósmica

Era um paradoxo enormemente frustrante para o egípcio ter todo aquele cenário arbóreo, sentir os aromas e até mesmo a brisa da floresta e não poder sugar nenhum nutriente daquele lugar. Imaginou como Joseph se sentia sabendo que a sala de hologramas era feita de metal, mas não podia usufruir de seus poderes também. Jamais compreendeu como a genialidade de Henshaw chegou a tal ponto de transformar ilusão em realidade, mas ainda assim, ser apenas uma ilusão. A mão enraizada no chão tentava dar ao egípcio uma noção do que poderia acontecer ao seu redor, mas sua P.E.S. só funcionava na natureza real.

Porém, a vibração no chão denunciou que algo vinha em direção deles... E vinha por baixo. O alerta veio em tempo, mas a reação não. - Droga! – Exclamou, sendo arremessado pelos ares, mas lançou de seu braço direito um cipó, prendendo-se às árvores ilusórias, ficando empoleirado em uma logo em seguida. Arthur corria num ataque suicida em direção daquele verme com a bocarra cheia de labaredas, a armadura do rapaz agüentaria o ataque, o corpo arbóreo de Haaji não tinha essa vantagem.

Não podia criar seu exército de plantas, muito menos controlar as árvores holográficas, não entendia porquê aquele treinamento precisava ser tão puxado. Dwayne sempre fora gradativo na execução de seus treinamentos com os jovens, mas desde o último mês, 110% parecia pouco para o treinador daqueles heróis. E Haaji sabia que eles estavam assistindo aquilo em algum lugar. Subindo num enorme pinheiro, buscando rivalizar em altura com o verme, o avatar do Deus da Natureza percebeu os múltiplos olhos daquela... coisa.

Quando Arthur distraiu o animal com seu ataque, Haaji transformou seus dedos do pé em cipós comprimidos, e então pulou mais alto do que podia, em direção dos olhos do animal enquanto seus braços transformavam-se na madeira mais maciça possível, formando uma espécie de lâmina, tinha que eliminar logo aquele oponente, sentia que suas reservas de energia começavam a dar sinal de esgotamento. Quando atingisse a cabeça do verme, enfiaria seus braços de madeira nos olhos do mesmo, buscando atingir diretamente o cérebro.

5Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Sáb maio 30, 2009 9:58 pm

Lobo

Lobo
O MAIORAL
O MAIORAL

Quando o solo explodiu, Joseph também foi jogado para trás com seus companheiros e por pouco conseguiu ficar ainda acima do solo. Seus pensamentos sempre andavam distantes quando não estava treinando, mas durante os treinos ele era bastante concentrado. Parecia sentir um pouco menos o desgaste do treinamento que Haaji e Arthur, mas ainda assim estava bem debilitado. Então, seus amigos agiram sem uma voz de comando ou um plano. Talvez isso fosse suicídio, mas não tinha como pará-los agora. Era algo que deveria ser conversado depois. Após o ataque de Thunderblade e o Avatar Egípcio, em cada uma de suas mãos estava energia concentrada de seu poder magnético que ele conseguia reverter em raios de repulsão de energia puros. Assim que Haaji saiu da frente após atacar, direcionou as mãos para a área pouco abaixo da cabeça do monstro, visando desequilibrá-lo. Em seguida, sua voz fez-se soar.

- Reagrupem-se e preparem-se para um novo ataque. Não acredito que isso será o suficiente. Não estamos em condições de levar mais danos também.

6Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Sáb maio 30, 2009 11:52 pm

Donny Chase

Donny Chase
S.T.A.R.S.

Leon Scott estava um pouco emburrado, por vários motivos. O menor deles é que Kim não estava ali. Maldição! O que poderia ser mais importante pra sua "namorada" do que estar lá pra se despedir? Será que havia feito algo errado em coma? Mulheres... Sempre arrumam motivo pra brigar. Bem, quando chegasse na nova escola ligaria pra ela. E esse era o maior motivo. Escola! Leon fora expulso de várias. O moleque tinha uma tendência a ser marginal. Não importa o que tinha acontecido no Japão, isso não mudava sua personalidade.
Não sei porque tenho que me mandar pressa escola, pai. Já disse que posso lidar com o que quer que esteja acontecendo comigo.
Leon entrou no onibus a contra-gosto e tomou um susto com a criatura azulada ali dentro.
WTF! Que diabos é esse.. essa... isso? Cara, que coisa mais abissal.
E foi se afastando até sentar em um lugar.
Mãe, pai... Que vexame, gente! VocÊs tão indo de gangue pra me deixar na porta dessa escola. O que vocês querem? Ver se têm correntes suficientes no meu quarto? Não vou fugir, não dessa vez. Se eles acham que podem me ajudar eu vou dar uma chance, agora, por favor... Descam do onibus, sim? Vocês também, Michelle e Lara. Não tá certo um cara da minha idade chegar no colégio de mãos dadas com os pais. Vocês vão ferrar com a minha reputação. Isso tira a fama de mau de qualquer um, viu?
Vendo que eles não sairiam, ele senta-se ao lado de uma das meninas novatas (caso haja lugar).
Saco, viu?... Oi.

7Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Dom maio 31, 2009 10:57 am

Oráculo

Oráculo
Bird of Prey
Bird of Prey

Prudence seguia atrás daquela curiosa "caravana" à passos largos, as mãos displicentemente dentro do bolso das calças largas que vestia e a bolsa ligeiramente caída sobre um dos ombros. A garota via as preocupações dos pais dos futuros colegas e achava graça. Talvez se seus pais estivessem ali, teriam se comportado da mesma forma. Mas tentou não pensar muito nisso. Tinha prometido para Margareth que tentaria não pensar em nada que a deixasse deprimida. Pelo menos, por hora. A professora do Instituto era a pessoa que mais conseguira se aproximar da garota em dois anos. As pessoas daquele lugar haviam dado à Prudence uma chance, e ela não jogaria isso fora. Então, estava se esforçando para simplesmente ficar bem.

A loira não deixou de se surpreender ao ouvir que os parentes dos colegas queriam passar uma noite no Instituto, só pra terem certeza de que tudo ficaria bem. Nesse momento, ela realmente teve vontade de rir, mas num esforço, manteve-se quieta. Olhou um pouco mais pra eles, e pensou que nem precisaria usar seus poderes pra saber o que estavam pensando dela. Provavelmente aqueles pais preocupados olhavam para aquela garota chegando sozinha e indagavam se a inglesa de visual agressivo e cara de poucos amigos seria uma má influência para seus amados filhos.

Prudence buscou um banco ao fundo e sentou-se sozinha, com a bolsa no colo. Apoiou a cabeça no banco meio inclinada e observou pela janela. Desde pequena a garota adorava viajar desse jeito, olhando a paisagem, as pessoas. Ouviu os cumprimentos do garoto novo, e tentou responder de forma simpática, embora sua voz tenha soado um tanto desanimada.

_Oi. - voltou sua atenção da janela pro rapaz e o observou por alguns instantes.

8Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Dom maio 31, 2009 1:37 pm

Dana

Dana
Parceiro Mirim
Parceiro Mirim

Ao que ela sabia Tia Branda é quem queria que ela fosse para o tal Instituto, onde “ajudavam” pessoas como ela, com dons fora do comum. Ela era uma aluna regular, mas odiava qualquer matéria da área de Exatas, chegou uma vez a fica de recuperação, fato que a fez perder o controle no dia da noticia, dada por um professor de química. Não demorou muito para o alarme de incêndio da escola disparar, o laboratório daquela matéria estava pegando fogo. Foi uma correria e a culpa foi dada a um descuido qualquer de um dos alunos ou mesmo de algum professor. Mas, Branda sabia que a sobrinha é quem fora culpada daquele incidente, permitiu que ela continuasse mais aquele fim de ano e depois disso a tirou da escola, passando a contratar professores particulares. Pandora gostou daquilo em partes, já que assim conseguia evitar que a olhassem estranhamente como sempre fizeram, desde pequena. Queimem a bruxa, era o que ela pensava, que eles pensassem dela, um sentimento ruim, esse de ser “diferente”.

Vinha ao lado da tia que trazia consigo a mala dela, avistou o ônibus e quem o conduzia, parecia um velho professor de química, desses com jeito de ser maluco. Mas, julgar pela aparência era totalmente errado. Quando estavam perto do homem, ela escutou a tia falar seu nome, e já o manteve em mente, achando indelicado ou uma falta de respeito não saber o nome dos outros. Olhou em volta e ficou observando por segundos aqueles que deveriam ser seus futuros colegas. O garoto que vinha acompanhado da família inteira, não pareceu gostar muito das cenas que os pais faziam, e voltando-se para a garota que veio sozinha e em silêncio, ela prendeu os olhos na figura dela, por instantes. Mas, logo desfez esta observação, ficar encarando os olhos poderia ser visto como um gesto de grosseria e fazer inimizades já no primeiro encontro, não seria nada bom.

- Tempo indeterminado... – Foi a primeira frase que ela pronunciou desde que chegou ali e não gostou nada dela. Quanto tempo teria de ficar com pessoas tão estranhas quanto ela, e longe da tia, que era seu porto seguro, a única que conseguia controlá-la quando perdia o controle. Soou como um tapa na cara, ela mordeu o lábio inferior e baixou a cabeça. Ao menos a tia iria “avaliar” o local, antes de deixá-la lá sozinha.

- Tia... Por favor... – Falou num tom de voz baixo, quando a mesma reprovou o palavreado do Professor Hlemund. Parecia que a madrinha desconhecia o mundo em que vivia, xingar as vezes, era bom. Mesmo não fazendo isso na frente dela, Pandora soltava alguns palavrões, aprendidos na escola e com os poucos amigos no bairro onde morava. Subiu no ônibus e parou um pouco no corredor olhando para Multiforme, sorriu e então sentou-se num banco, a tia sentou logo junto dela. Parecia um cão cuidando da garota, olhou em torno dela mais uma vez, vendo como todos reagiam a aquela viagem, ver o medo do pai do garoto era engraçado. Mas, ela sabe que as pessoas tem medo do que não conhecem.

- Olá... – Ela estica o pescoço para frente e cumprimenta Leon, já que a tia estava em “guarda” ao seu lado. Depois olhou para a tia e encolheu-se em seu canto cruzando os braços, mas olhava de canto para o garoto, não queria ser mal vista, era insegura na verdade, então um simples cumprimento não faria mal a ninguém. Apoiou a mão no encosto das costas, do banco e novamente seus olhos foram curiosos para a garota, não sabia o nome dela, ainda. Apenas ergueu a mão, num aceno tímido e nem tentou sorrir, vendo que ela não parecia querer fazer amigos logo, e já ficou imaginando o porque dela ter vindo sozinha. Ou os pais a mandaram para lá querendo se livrar dela, ou ela não tinha pais, ambas as opções eram tristes. Ela mesma chegou a pensar que a Tia queria se livrar dela, mas depois de muita conversa ela entendeu que seus poderes cresciam mais rápido que o entendimento de Branda e seria mais seguro, para ambas, que Pandora fosse estudar no Instituto. Suspirou e voltou-se para frente, olhando para o “robô”.

9Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Dom maio 31, 2009 1:47 pm

Urtigão

Urtigão
Parceiro Mirim
Parceiro Mirim

Tipo: humanos - Idade: adultos e não adultos - Sexo: machos e fêmeas - Comportamento: caminhando, falando, secretando lagrimas pelos olhos.

Siren-5 funcionava a toda e não parava nem por um segundo de registrar os dados das muitas vozes, ânimos exaltados e rostos diferentes presentes ali. Tudo era novo para Multiforme e, muito embora ele já tivesse obtido informações básicas sobre o comportamento humano em grupo, seu banco de dados não parava de assimilar novos detalhes para convertê-los em adaptações futuras ao comportamento do próprio Multiforme. Era uma experiência rica em detalhes e somente agora percebia sua importância.

Ao que ele podia notar, todos os seres humanos pareciam ter maneiras peculiares de se vestir, de andar, de falar, de se comportar e de compreender tudo ao seu redor. No entanto, todos tinham uma impressão especialmente ruim do metamorfo em primeira instância. Já estava acostumado com o choque e a reação muitas vezes exagerada dos humanos ao conhecer suas funções ou mesmo ouví-lo se comunicar.

Tipo: humano - Idade: adulto - Sexo: macho - Comportamento: espantado, apontando, com medo.

Tecnicamente, senhor Harold... - Disse o herói azul virando seu rosto inexpressivo para o pai do garoto novo - ...Não sou um boneco e nem um robô. Sou uma massa alienígena natural de um planeta não registrado e dotado de um cérebro eletrônico. Robótico, para ser mas exato. - Explicou minuciosamente com uma voz mecânica e sem ondulações - E sim, estou vivo, mesmo que o conceito de vida conhecido pelos humanos seja um tanto diferente do meu.

Não entendia por que aquelas pessoas tinham medo dele, afinal, estava vivo somente para proteger essas mesmas pessoas. O doutor Bernhard era tão diferente. Tratava-o como os humanos tinham costume de tratar seus filhotes e Siren-5 gostava muito disso. Sentia-se desamparado agora, longe de seu pai e mestre, junto de muitos indivíduos que desconhecia e tendo sérios problemas de adaptação ao novo ambiente. Será que era isso que os humanos chamavam de "dificuldades"?

Ao entrar no ônibus e sentar-se, o jovem e novo membro do instituto surpreendeu-se com sua aparência também e quando Multiforme quis cumprimentá-lo o garoto preferiu sentar-se em outro banco. No mesmo momento o cérebro eletrônico começou a trabalhar com os dados coletados a pouco, do lado de fora do veículo.

Tipo: humano - Idade: não-adulto - Sexo: macho - Comportamento: com medo.

Levatou-se e foi até o local onde Leon havia se sentado - Olá, senhor Leon. Que forma gostaria que eu assumisse para deixá-lo mais a vontade? - Perguntou fixando no novo membro aqueles seus olhos vermelhos e vidrados. - Talvez eu deva utilizar também uma linguagem mais apropriada. - E ao dizer isso todo o seu corpo azulado começou a se mexer e ondular rapidamente. Cabelos curtos e azulados saíram de sua cabeça careca, sugiram roupas da moda e o corpo de Multiforme diminuiu.

Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Multiformeteen


E ai, bro? - Cumprimentou ele naquela voz mecânica e sem desenvoltura numa tentativa bizarra de imitar o que seria uma forma comum de falar dos humanos mais jovens.



Última edição por Urtigão em Ter Jun 02, 2009 11:19 pm, editado 1 vez(es)

10Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Seg Jun 01, 2009 11:42 am

Donny Chase

Donny Chase
S.T.A.R.S.

Leon fica feliz de ver que as meninas são mais simpáticas do que aparentavam. Não que a menina com a tia fosse antipática, mas a loirinha sozinha parecia ser antipática por dois. Ele então puxa um pouco de papo.
Eu me chamo Leon Scott. Nome duplo mesmo. Meus pais erraram pra cacete comigo, mas ao menos acertaram no nome. hehe! podem me chamar de Leon Scott, ou de Leon ou somente Scott; as 3 coisas servem pra mim. E quem seriam as senhoritas?
Depois de conversar um pouco com elas, Leon vê Multiforme falando com seu pai careta.
UAU! Cacete! tu é um bagulho do espaço? Que irado! Posso... tocar em ti, mano? UAU! Ei! Você não pode nos contaminar, certo? Afinal, você tá aqui com a gente! UAU! tu se transforma no que quiser, maluco? Consegue virar o Shaq com uniforme do Lakers?
Apesar de falar muito, Leon falavapausadamente e com ótima dicção. Ele volta a conversar com as meninas.
Mas e aí, moças... Qualé a de vocês? Tão nessa porque fizeram algo muito ruim ou muito bom, certo? Qual foi?
Leon parecia esquecer que estava desanimado para ir para um novo colégio. Ele parecia estar começando a gostar daquilo.
Tomara que esse colégio seja bacana. Os meus ultimos eram uma porcaria. Principalmente o que estudei no Japão. Ainda tinha que usar um uniforme de bicha!
Ele vê que seu pai olha torto:
Que foi, Harold? O uniforme era gay mesmo. Eu parecia um marinheiro boiola com aquilo. Nunca vou te perdoar por essa, Harold. Foi mais sujo do que chute no saco numa luta de boxe! Vai ter volta.

11Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Ter Jun 02, 2009 7:19 pm

Urtigão

Urtigão
Parceiro Mirim
Parceiro Mirim

Shaq? Lakers? - Perguntou o metamorfo um tanto confuso com as palavras do rapaz. Em questão de segundos Siren-5 computou informações em seu banco de dados.

Lakers: Famoso time de basquete da cidade de Los Angeles, na California.

Shaq: Busca sem resultados. Não há dados.

Desculpe-me senhor Scott... - Falou ele voltando à sua forma humanóide habitual. Voltou também a usar seu estilo normal de linguagem, deixando as tentativas mais do que falhas de imitar gírias juvenis. - ... mas não há dados suficientes em meu sistema para assumir a forma solicitada.

12Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Sex Jun 05, 2009 11:22 pm

Dana

Dana
Parceiro Mirim
Parceiro Mirim

O problema atual de Pandora não era mostrar-se “fechada’, mas sim estava sob a vigia de sua tia que costumava ser cuidadosa demais, com a sobrinha falava ou fazia, na frente dos outros, era como estar vigiado por vinte e quatro horas seguidas, dia a dia sendo testada e educada. Era um casulo ruim aquele, era mantida numa caixa, essa era a sensação dela, não podendo mostrar-se, pois quando o fazia, algo acabava dando errado.

- Oi Leon... Meu nome é Pandora... Não gosto dele. – Foi simpática ao falar com o rapaz, desviou os olhos novamente pra garota, querendo saber o nome dela. Mesmo sabendo que nome podem ser bênçãos ou maldições, ou será que é quem está por trás deles é que faz o sentido ser ou não ser. Era confuso pra ela, sempre foi.

- Também gostei dele... – Falou de Siren-5, sorrindo um pouco com sinceridade. Não um sorriso falso, apenas para agradar. Ficou olhando pro robô então, ou melhor, para o alienígena, como ele identificou-se, querendo saber se ele faria mesmo o que Leon pediu. Mas, ao que pareceu ele falhou, como informou ao garoto.

- Hã... To aqui porque não controlo direito, meus dons... – Olhou rapidamente para a tia, querendo ver algum ar de reprovação quanto a aquela informação, mas não obteve isso aparentemente dela e continuou a falar, virada para trás, fixando-se em Leon.

- Seria bom entrar num colégio de novo... Andei afastada deles... Pra segurança dos outros... – A tia então pareceu resmungar algo que ela não entendeu, mas foi o suficiente para que Pandora parecesse de expressar-se com naturalidade como fez há segundos atrás. Baixou um pouco o corpo no banco, já que estava de joelhos e encostou o queixo no encosto da cabeça.

- Quer dizer... Não que eu saia machucando os outros, mas como estou crescendo as coisas tendem a sair do controle... Se eu me... Exaltar. – Pandora tentava achar as palavras certas para cada frase. Não se voltaria para frente, preferindo conversar com Leon, assim ficaria menos nervosa.

13Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Sex Jun 05, 2009 11:47 pm

Oráculo

Oráculo
Bird of Prey
Bird of Prey

Olhou para a garota e para o rapaz por alguns instantes. A garota por vezes tinha que se concentrar para não ler pensamentos alheios por mero descuido. E muitas vezes, nem assim conseguia escapar deles. Ah, claro. Ela não havia dito seu nome.

_Meu nome é Prudence Smith. Prudence, como na música dos Beatles. Aquela garota que não sorria¹...
- falava isso sorrindo para se contradizer de propósito. Embora não fizesse a menor idéia se algum deles gostava ou mesmo sabia quem eram os Beatles, ela sempre se apresentava assim, por mania. Isso vinha desde antes de ter descoberto seus "dons".

Olhou para Siren-5 e, somente a possibilidade de poder conversar com alguém com a qual não necessitasse ficar preocupada em ler seus pensamentos por acidente lhe pareceu muito tentadora. Cumprimentou a ele também. A garota não falava muito.

Então foi quando o rapaz que estava ao seu lado perguntou se haviam feito algo ruim ou bom para estarem ali. A inglesa não havia feito nada, mas ainda assim, coisas muito ruins aconteceram. Lembranças ruins, sofrimento, apatia... Lembre-se do que você prometeu à Margareth.


_Eu... eu não quero falar sobre isso.
- encerrou o assunto virando-se de novo pra janela. Encostou a cabeça ali, continou observando, e manteve-se alheia ao resto da conversa.

¹Dear Prudence won't you let me see you smile?

14Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Seg Jun 08, 2009 7:55 pm

Lobo

Lobo
O MAIORAL
O MAIORAL

Joseph sabia que aquilo era uma crítica indireta à ele. Sabia que devia ter coordenado os outros dois para um ataque mais eficiente, mas acabou vacilando na ordem de comando. Um erro que não se repetiria, se quisessem parar de ser torturados por aquele dia. Joseph nada disse, pois Robert não falou diretamente com ele. Apenas observou a mudança do cenário e seus pés deixaram de tocar o solo novamente enquanto se aproximava dos companheiros com os braços ao lado do corpo.

- Haaji, Arthur. Se não começarmos a traças planos e seguí-los, nunca iremos receber um elogio de Robert e ele está certo. Portanto, parem de vacilar um minuto. O primeiro ataque à qualquer coisa que desconhecemos sempre deve ser à distância, e não arriscando nossas vidas de imediato. Dessa vez, eu irei pelo ar e com isso terei mais campo de visão. Caso eu aviste alguma coisa, irei avisá-los imediatamente para que tomem postura defensiva. Arthur, transforme-se novamente para ficar com sua saúde em perfeito estado, pois talvez precisemos disso.

Ao terminar de passar os comandos, Polarity passou a flutuar cerca de cinco metros de distância do chão e ia a frente do grupo, olhando para frente e para os lados, e de vez em quando para cima. Deixaria a segurança do solo com os companheiros.

15Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Ter Jun 09, 2009 9:18 pm

Dana

Dana
Parceiro Mirim
Parceiro Mirim

O pai do rapaz que começou a conversar com elas, parecia desculpar-se, passando uma sensação de culpa imensa, pelo que quer que tenha acontecido a Leon. Ouviu o nome de um namorado de uma das irmãs dele, ao menos era isso que ela pensou ouvir, Violet. Bem, na cidadezinha que nasceu acabariam chamando tal rapaz por outros nomes.

Sua tia ficou quieta, no fundo do ônibus com ela e a jovem dava graças por não estar vendo os olhares de reprovação de Branda, que não eram nada amigáveis. Tudo que a sobrinha fizesse parecia estar errado, mas não questionava a tia, sempre obedecendo-lhe como um cão fiel ao dono.

- Hum... Contraditória, a pessoa por trás do nome... – Balbuciou Pandora olhando para Prudence de um jeito quase investigativo. Mas, ainda assim amigável. Deixou que Leon tivesse sua atenção provavelmente no pai, que lançava todo aquele discurso. Deixou de perturbá-la, quando notou a reação da garota a pergunta de Leon, do porque estarem ali. Voltou-se para frente, e ficou olhando através do vidro do ônibus.

Era comum ela ficar isolada, gostava de fazer laços com as pessoas com as quais convivia ou ia conviver, cedo ou tarde um ajuda o outro. Ela queria ajuda, por isso estava indo para aquele instituto, tinha de aprender a controlar sua força de vontade, para controlar seus dons, ou suas maldições que é como ela chama seus poderes, quando falha em algo.

Tamborilando a mão na perna esquerda, que estava dobrada sob o banco, ela sente um arrepio no pescoço, logo seus instintos são “ativados”, algo ruim vai acontecer. Aquilo era uma praga na vida dela, quando algo ruim estava para acontecer, recebia uma espécie de aviso e falhava... Pois, nunca conseguiu ajudar ninguém, mesmo sabendo que algo ruim estava por vir. Dom inútil, e novamente o tinha em alerta.

Um som metálico, mas não um som baixo ou comum, um estrondo algo forte ou pesado, olhou pra cima por puro instinto, e levou as mãos apressadamente a janela abrindo-a queria ver melhor o local, xingando baixo por demorar quase cinco segundos para executar aquela tarefa. Falou alto.

- Tia... tem algo errado! Vindo pra cá! – Sua boca estava seca, ela olhava temerosa, as paredes sendo destruídas, as mãos pressionando a parte interna da janela, os cabelos voando de um lado para outro, o vento. Poderia usá-lo, mas... E se algo desse errado.

- Senhor Helmund, o banco! Tia me ajuda... – Tudo que fez foi gritar para o professor e procurar instintivamente a mão da tia, era um gesto tênue, um pedido de ajuda, concentração, precisava da calma daquela senhora. Abriu sua mão direita, a outra e soltou a esquerda, das mãos da tia, ficando em pé no pequeno espaço entre seu banco e o da frente.

- Tem que dar... – Pandora tinha as duas mãos próximas, olhava para a rua, as pessoas, o som, já os via mortos, mas não podia deixar, ao menos tentar. Sua mãe falava isso, tente. Desejava que houvesse terra abaixo daquele solo, para que conseguisse formar duas grandes mãos e se não conseguisse segurar o cofre, ao menos impedir que a velocidade fosse grande o suficiente para “esfarelar” quem estivesse passando ali. Qualquer parte daquele elemento a ajudaria, tudo que tivesse em sua composição areia, tijolos, terra, serviria para ela formar mãos gigantes, agora era o tempo e o resultado. Se alguém olhasse para ela naquele instante poderia ver a testa da garota franzida, ela estava fazendo um grande esforço, não queria ver pessoas machucas sem tentar ajudá-las, não tão cedo.

16Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Ter Jun 09, 2009 11:22 pm

Oráculo

Oráculo
Bird of Prey
Bird of Prey

Prudence viu a agitação da garota e também se postou rapidamente diante de uma das janelas. Viu o cofre indo na direção das pessoas, e sua reação imediata foi tentar segurá-lo com a mente. Sabia que a sua telecinese não aguentaria o pesado cofre, mas vendo que a garota com quem estava conversando até pouco tempo atrás parecia tentar fazer algo, ela esperava que pudesse tornar a queda do objeto um pouco mais lenta para que Pandora pudesse agir.

Olhando um pouco melhor ao redor da cena viu que a confusão se originara do banco. A explosão no segundo andar denunciava que outro cofre como aquele poderia ser lançado a qualquer momento, então eles deveriam agir rápido. Prudence foi rapidamente pelo corredor do ônibus até onde Helmund o estava guiando.

_Helmund.... Senhor. Nós precisamos fazer alguma coisa. - apontou pro local da confusão. - Abra a porta do ônibus, por favor!

17Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Ter Jun 09, 2009 11:42 pm

Urtigão

Urtigão
Parceiro Mirim
Parceiro Mirim

O metamorfo foi chamado à realidade pela voz da jovem que gritava por Helmund e pela tia. Algo estava errado, e as diretrizes de Siren-5 diziam que ele não devia hesitar em momentos como esse, apenas agir e fazer o melhor para salvar as pessoas que estiverem por perto.

O alienígena só teve tempo de olhar de relance pela janela do ônibus e ver o enorme cofre de metal rasgando o céu as paredes e o céu cinzento da cidade. Pessoas estavam no caminho daquele monte de aço e metal. Carros com homens, mulheres, crianças, animais. O cérebro de Siren-5 calculou em segundos quais os riscos, qual a melhor forma de evitá-los e qual a maneira mais rápida.

Temos que ajudar aquelas pessoas! Vamos! – Disse o herói alienígena naquela sua voz mecânica e sem ondulações.

No instante seguinte, Multiforme saltou pela janela do ônibus, seu corpo extremamente flexível se entortando para passar pelo especo reduzido e chegar até a rua. Em seguida, correu até o local onde a enorme sombra do cofre se agigantava e abriu os braços.

Foi então que seu corpo contorceu-se em outra bizarra transformação, a mior que aqueles jovens heróis tinham visto até o momento. Sua pele tornou-se elástica e esticou-se. Suas pernas, braços, tronco e cabeça viraram uma só massa e se enrolaram em forma de uma grande mola azul no meio do asfalto. Haviam voltas e voltas de massa azul, formando uma mola enorme com diversos anéis.

Ao notar que o cofre se aproximava, Multiforme esticou-se, abrindo os anéis da mola e preparando-se para receber e absorver o impacto do objeto colossal.

18Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Qua Jun 10, 2009 6:28 pm

Donny Chase

Donny Chase
S.T.A.R.S.

Tudo bem, pai. Relaxa. Eu já saí do meu coma. O que de pior poderi...
Leon cai de joelhos no chão, segurando a cabeça e gritando e falando com muita dor.
AAAAhhhhh! O que tá... acontecendo... comigo? AAAHHHH! Gente inocente. Sangue inocente derramado pela ganância dos pecadoresssss... Oh, Deus! Dói... muitoooAAAAHHHHH!
A pele de Leon começava a se transmutar. Uma aura negra, como sombras vivas começavam a surgir no chão e rodeavam o garoto.
Oh, não! O que é isso? O que está acontecendo comigo? Pai! Sr. henshaaaaaaAAAAHHHH!!!
Leon não estava mais lá. Havia apenas um ninja musculoso e sinistro, com olhos de um roxo profano e uma respiração difícil.
Essa é a hora de Gaijin, o Castigador. Esta é a hora... da vingançahhhh.
Dizendo isso, o ninja sumiu numa fumaça negra (parecida com a do teleporte do Noturno em X2) e apareceu do lado de fora do ônibus, próximo ao prédio. Ele disparou a corda que saía de seu braço o mais alto que pôde e começou a subir as paredes do prédio correndo, até alcançar o andar em que sentiu o homem ser baleado por tentar tocar o alarme.
Inocentes, vocês serão vingadossss!

19Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Seg Jun 15, 2009 12:55 am

Super-Admin

Super-Admin
Entidade Cósmica
Entidade Cósmica

TADEU, DANA, RENATA E RAPHAEL




Tudo aconteceu muito rápido. Tudo aconteceu ao mesmo tempo. Portanto os fatos narrados a seguir serão explicados em câmera lenta:

O enorme cofre nada mais era que uma grande sala de metal reforçado, amassada e rodopiando em câmera lenta do ar sobre uma infinidade de carros imóveis. Pessoas caminhavam tão devagar quanto pinturas, alheias ao monstro do tamanho de um caminhão que pairava acima de suas cabeças ameaçadoramente.

Dentro do ônibus apenas alguns presenciavam o que estava acontecendo. Os óculos grossos do professor Helmund apenas refletiam as luzes vermelhas dos faróis dos carros à sua frente, e sua cabeça distraída preocupava-se com o clima, pois se desapontaria se o final de semana fosse marcado pelas chuvas que se aproximavam.

Mais atrás no ônibus, o ar parecia tremer ao redor de Pandora, como se a realidade ao seu redor estivesse sendo moldada pela magia que corria em seu sangue. Seus olhos viravam e suor começava a brotar pelos seus póros enquanto, metros e metros abaixo do asfalto daquela rua, abaixo até mesmo das redes de esgoto, a terra escura e esfarelada começava a tremer grão por grão.

Tentáculos de escuridão, finos como linha e alfinete, começavam a brotar da sombra do próprio Leon, cobrindo-o como se uma centena de aranhas soltasse sobre o rapaz uma teia escura e firme. Para o olho nu era impossível perceber a fumaça leve emanando de seus olhos e narinas e boca, enquanto o espírito da vingança despertava mais uma vez.

Quando a primeira pessoa percebeu o enorme container de trinta toneladas, seu grito psíquico espalhou-se de tal forma pelo cenário que Prudence quase engasgou-se com a própria saliva. Sentiu a emoção do pânico aumentando, e então percebeu a aura de medo sendo emanada de dentro do banco ao qual estavam parados em frente. Sua mão deslizou lentamente pelo apoio do banco onde estava sentada, apenas para perceber a figura de Leon desaparecendo músculo por músculo em fumaça negra e o corpo de Sirex-5 borbulhar.

A máquina de metal líquido possuía um tempo de reação superior ao de um humano mil vezes. Prudence e Pandora não haviam ainda produzido a primeira palavra de suas falas, e Helmund ainda não havia olhado para trás quando o robô já cruzava o ar. Seu corpo se liquefez de tal forma que ao saltar no ar, a aerodinâmica foi perfeita. Atravessou o vidro dianteiro do ônibus como uma bala, criando um pequeno furo trincado no mesmo, escapando por ele como um jorro de mercúrio.

O rapaz-construto expandiu seu corpo centímetro a centímetro, multiplicando as moléculas e os átomos que compunham aquele metal alienígena. Um longo lençol de metal abriu-se sobre a cabeça de todas aquelas pessoas e carros, cobrindo o sol, enquanto o cofre aproximava-se cada vez mais.

Quando Helmund deu-se conta do que estava acontecendo, levou, lento como todos naqueles milésimos de segundos, a mão para sua cintura, onde pendia em um cinto um cetro pequeno e de coloração dourada. Pandora gritou erguendo os braços. Poderia ter iniciado um furacão no meio daquela rua, poderia ter estourado os canos subterrâneos com a água, poderia ter disparado uma rajada de chamas contra o cofre, mas resolveu acordar a terra.

O cofre caiu sobre o corpo macio do rapaz construto, como se caísse em um enorme colchão d'água. As pessoas de metade da rua estavam embaixo do robô como torcedores geralmente ficam quando abrem suas enormes bandeiras que abrigam centenas de pessoas. O robô sentiu suas fibras metálicas se esticarem enquanto sustentava aquele peso, e imediatamente as pessoas começaram a abandonar seus carros, aos berros, fugindo para as calçadas. Junto com o cofre também choviam cacos de vidro e pedra.

Mas Pandora havia se descontrolado. Não havia tempo suficiente para erguer mãos de rocha pura. A terra estava muito profunda. A perícia para modelar mãos exigia tempo. Sua pressa explodiu, e a explosão se deu na forma de enormes rochedos que se projetaram para fora do asfalto, em grandes estouros. Como grandes dentes de uma bocarra, alguns levantaram carros, outros atingiram pessoas, alguns cortaram veículos ao meio, como lanças.

A face sem expressão de Sirex-5, era visível em um dos pontos de seu corpo, e ele esforçava-se para suportar o peso daquele cofre enorme enquanto as pessoas ainda passavam embaixo de seu enorme corpo-tenda.

--

-FIQUEM AQUI DENTRO! -Gritou Helmund, de pé dentro do ônibus, para Prudence, Pandora, a família de Leon e a tia bruxa. Principalmente para os últimos, que estavam alarmados. Percebeu graças aos gritos dos familiares que o rapaz havia desaparecido, e o professor colocou sobre seus olhos pesadas lentes que tapavam metade de seu rosto, artefato que sempre usava quando ia usar seus poderes.

Ele lançou um olhar preocupado para Prudence e para Pandora. Como todo instrutor do Instituto Henshaw, o Doutor Elemento havia lido cuidadosamente as fichas que haviam sido montadas sobre cada aluno. Imaginava que as rochas haviam sido criadas pela jovem feiticeira, e encarou a mesma nos olhos, mesmo que de longe.

-PANDORA, concentre-se! Você precisa cancelar o seu feitiço. ESTÁ ME OUVINDO? Guarde essas pedras todas, façam elas encolherem antes que machuquem alguém. E a partir de agora, NÃO FAÇAM NADA sem minha permissão, entenderam? -A voz do gentil professor mudava para aquilo que havia sido durante décadas: um herói. Um homem poderoso.

-Prudence, eu quero que você faça duas coisas. Primeiro, descubra onde Leon está. Ele deve ter perdido o controle sobre si mesmo. Depois, eu preciso que você faça algo muito difícil, entendeu? Eu quero que você acalme TODAS as pessoas que estão lá fora? O CAOS precisa acabar, antes que as pessoas comecem a atropelar umas as outras. Faça com que se afastem.

O professor tinha razão. As meninas percebiam o pânico nas ruas. As pessoas corriam umas sobre as outras, batiam nos ônibus, estavam tomadas por um pânico bizarro.

Em seguida o professor colocou metade de seu corpo para fora do ônibus, mexendo na sua máscara-óculos enquanto apontava o cetro tecnológico para Sirex-5.

--

Notas de 100 dólares voavam por todo lado da avenida, enquanto a pele metálica de Multiforme se esticava cada vez mais. O peso parecia que iria parti-lo, quando de súbito um calor tomou conta de suas costas. O Doutor Elemento apontava o cajado contra o enorme cofre, e um curto e rápido disparo, no formato de um relâmpago alaranjado, cruzou o ar, atingindo o cofre com um som comprido e estranho, chiado. O cofre imediatamente começou a se transformar em poeira de ferrugem, voando com o vento e aliviando o peso das costas do rapaz robô.

--


Ninguém havia visto GAIJIN escalando as paredes do prédio do banco. A lãmina com o cabo estava cravada com força no teto do ambiente interno do lugar, e o ninja místico apoiou o braço sobre os cacos de vidro antes de erguer os olhos para dentro do lugar.

Era uma sala muito ampla, com diversas mesas de escritório reviradas. Do outro lado, extremo oposto a parede demolida onde estava o guerreiro da noite, estava um enorme rombo de onde o cofre havia sido arrombado e arremessado. Um homem enorme, do tamanho de um carro, gordo como só ele podia ser, trazia um sorriso enorme no rosto enquanto um grupo de homens, talvez seis, todos usando roupas semelhantes às das forças especiais, carregavam sacolas e sacolas de dinheiro.

Em um outro canto, separado por algumas colunas que sustentavam o teto, próximo de alguns banheiros, estavam vários reféns e mais alguns homens armados. Não tinha visão suficiente para contar quantos reféns estavam amordaçados, mas haviam quatro homens vigiando-os. Todos iguais.

Podia sentir o homem morto caído em uma mesa mais adiante, próximo do gordão.

(OFF 1: Dana, você tentou fazer uma ação complexa - erguer mãos de pedra no meio de uma cidade através de metros de esgoto e asfalto e etc - em uma velocidade muito alta - o tempo do cofre cair - por isso considerei uma falha. Você pode guardar as rochas conseguindo 7 em 1d20)

(OFF 2: Renata, você pode detectar a presença de Gaijin sem problemas, embora nada de Leon. Considere que o banco onde ele estava antes de se teleportar ainda contém um rastro de energia psíquica do Gaijin que você pode rastrear até a posição dele. Para acalmar a multidão de pessoas, você precisa de um 14 em 1d20)



Última edição por Super-Admin em Seg Jun 15, 2009 2:05 am, editado 2 vez(es)

https://omniverso77.forumeiros.com

20Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Seg Jun 15, 2009 1:39 am

Yaridovich

Yaridovich
Parceiro Mirim
Parceiro Mirim

O ataque fora totalmente ineficaz. Nem sequer chegara perto do monstro, sendo atingido em cheio por uma rajada flamejante que o transformou em uma bola de fogo, que destruiu uma árvore. Se não fosse pela armadura, talvez já não estivesse mais ali para continuar o treinamento.

Estava, sim, ferido com o ataque. Mas, mesmo assim, levantou-se, disposto para muito mais. A armadura estava chamuscada com as chamas e ele respirava um pouco ofegante, mas era um guerreiro por natureza. Ao menos, deveria ser... Ainda não tinha construido a atitude de um.

- Mimimimimi... Talvez se ele nos ensinasse algo ao invés de ficar nos forçando em treinamento, a gente soubesse o que fazer... Que inferno.

Falava em resposta ao sermão do professor, depois que o cenário desapareceu. E então um outro cenário tomou lugar... Bem mais assustador. Neblina cobrindo o lugar, uma placa pouco convidativa e uma cidade ainda menos convidativa...

Escutou o que Polarity tinha a dizer e só meneou a cabeça em afirmação. Qualquer coisa que os livrasse daquela chateação, ele estaria de acordo. E, como não podia voar, foi acompanhando o amigo magnético pelo solo, mantendo a armadura ativada e as armas prontas.

21Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Seg Jun 15, 2009 2:01 am

Super-Admin

Super-Admin
Entidade Cósmica
Entidade Cósmica

https://omniverso77.forumeiros.com

22Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Seg Jun 15, 2009 2:37 am

Oráculo

Oráculo
Bird of Prey
Bird of Prey

Prudence ainda não sabia direito o que fazer quando acompanhou a transmutação do rapaz que até então estava do seu lado. Mesmo que ele tivesse se desmaterializado em poucos instantes, a jovem inglesa sentiu uma aura muito forte no ninja. Sabia que se tratava de uma presença muito antiga, provavelmente milenar. Ela viu o esforço de Pandora em conter o enorme cofre de metal, enquanto Siren-5 saía pela fresta da janela, tão rápido que ela mal pôde ver seu vulto.

Entretanto, para Prudence era difícil pensar no que fazer diante de tantas coisas, porque nada afetava mais a jovem do que o terror das pessoas que estavam ali fora, diante da morte iminente. Como era vislumbrar a morte diante de seus olhos? Se cada um dos que estavam ali fora não tivesse uma sensação diferente, e elas se misturassem na mente da garota, assim como somadas aos receios dos colegas e seus pais, provavelmente Prudence saberia responder essa pergunta agora.

A garota, que estava em pé, com uma das mãos apoiando-se no banco, levou a outra mão até o rosto, abaixando a cabeça e tentando ouvir os próprios pensamentos diante de tantos os outros que invadiam sua mente sem que ela quisesse. "Gritos, pessoas chorando, pavor. Eu vou morrer... eu vou morrer aqui hoje." Aquilo era um inferno. Provavelmente se os que estavam ali no ônibus olhassem para ela, não entenderiam o motivo da garota estar sendo afetada.

Foi quando a confusão dentro dela foi interrompida pela voz autoritária do professor, e a inglesa sentiu-se um pouco melhor. Ouviu as instruções de Helmund com atenção, enquanto tocava lentamente o lugar onde Leon estava sentado a pouco tempo. Mesmo com toda aquela confusão, ela julgava-se capaz de detectar uma presença conhecida pelos arredores. Concentrou-se um pouco, sendo cercada por uma energia quase imperceptível para aqueles que não eram sensíveis como ela, e a única coisa que reconheceu foi a aura assustadora daquele que se desmaterializara na sua frente, que ela só sabia se tratar de Leon por ter visto a transformação, pois não era capaz de sentir a presença. Por outro lado, a presença do ninja era muito forte, era possível sentir sua determinação mesmo estando relativamente longe.

_Ele está indo atrás de quem fez isso... - falou a jovem de forma séria ao professor, indicando o andar que havia explodido do banco.

Agora Prudence tinha que cumprir as outras instruções do professor. Ela ainda ouvia as pessoas gritando dentro de si, o pânico que tomava conta do local e que fazia as pessoas chocarem-se umas com as outras, além de aumentar os riscos que já eram grandes.

"Eu as ouço... será que elas podem me ouvir?", pensou a jovem, enquanto tentava, primeiramente, manter-se calma. Era fundamental que ela transmitisse para as pessoas uma segurança que ela própria não tinha. "Parem..." os olhos da loira brilharam de forma intensa. Prudence não sabia qual seria o resultado disso porque nunca havia tentado se comunicar com tantas pessoas antes. "Acalmem-se... Vejam, a situação já está sob controle. Por favor, afastem-se com calma, antes que vocês acabem se matando. Se vocês fizerem o que eu estou dizendo, tudo vai ficar bem."

Novamente era uma cena estranha pra quem estava ali no ônibus: Prudence estava parada, os olhos brilhantes fixos nas pessoas lá fora através do vidro da janela. Entretanto as próprias pessoas ali provavelmente sentiriam-se a calma que ela emanava. Uma leve agitação balançava os cabelos cacheados da jovem, e ela parecia estar fazendo um esforço bem grande.


_________________

rolagem:
Oráculo efetuou 1 lançamento(s) de dados 1d20 :
9

23Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Seg Jun 15, 2009 11:52 pm

Donny Chase

Donny Chase
S.T.A.R.S.

Gaijin ainda não lutaria contra os homens no cofre. Os inocentes ali dentro ainda não deviam ser vingados, pois ainda não foram molestados. talvez se Leon estivesse no controle poderia ser, mas não Gaijin. Ele queria o sangue dos culpados. Enquanto os 6 homens passam desatentos com dinheiro, gaijin saca sua espada das costas e teleporta-se para o meio deles. Como um demonio surgido do inferno com uma lâmina endiabrada ele executa uma rápida sequencia de teleportes intercalados com golpes de espada que não tocavam abaixo da linha do umbigo de seus inimigos (como o Noturno no filme X2); apenas acima. Os golpes eram fatais, mas nenhum foi desferido no homem gordo... Não... o gordão era o prato principal. de todos deveria ser o com mais sangue inocente nas mãos, possivelmente o sangue fresco também era obra sua. Gaijin termina a sequencia de golpes teleportando a quase 10m do homem gordo e o encarando com seus olhos mortos.
Você... Você é o pior de todosssss... Você é o responsável por issooooo. Deixei você vivo, pois sua morte não deve ser rápida e misericordiosahhhh. Não, não a suahhh... Você deve sofrer pelos inocentes que matou. Você pagará o sangue deles com teu sangueeee! Prepara-te, pois clemência não é minha aliadahhh!
Gaijin coloca-se numa pose ninja, com a espada embainhada. ele usará a técnica do Yaijutsu¹.
Venha, não deixe os inocentes esperandoooo!

Nota:¹Yaijutsu: Técnica japonesa da espada embainhada. Consiste em sacar a espada de maneira mais rápida antecipando o ataque do oponente e minimizando suas defesas que não sabe aonde será o golpe. É a mesma técnica que Marin usou para ensinar o Seyia de Pégasus a driblar a defesa perfeita do Aldebaran de Touro.

24Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Sex Jun 19, 2009 1:10 pm

Urtigão

Urtigão
Parceiro Mirim
Parceiro Mirim

Cada centímetro do corpo elástico do Multiforme se esticava para conter o peso absurdo do cofre que ele havia aparado. Quando o raio de calor dissolveu o monstro de metal nas costas dele, os olhos robóticos de Siren-5 puderam ver as notas verdes voando com o vento.

- Que estranho... - Falou ele consigo mesmo - Os humanos parecem ter muito interesse nesses pedaços de papél verde.

E dizendo isso, seu corpo começou a se encolher novamente, até que se transformasse em sua forma humanóide novamente. As notas que estavam em suas costas se espalharam junto com o pó de metal no chão e no ar. As pessoas em volta corriam e gritavam, havia muita bagunça e nenhuma ordem.

Ohando para cima, Siren-5 pode ver o rombo na parede do prédio de onde havia vindo o cofre. Seu cérebro eletrônico calculou a altura e, pelo peso do objeto que ele teve de aguentar, teve certeza de que realmente havia vindo daquela exata altitude.

Seu corpo azul tornou-se menor e se enxeu de penas falsas sobre a pele alienígena. De suas costas saíram asas azuis que bateram e Multiforme alçou vôo nos céus em direção do buraco na parede do prédio, de onde ele tinha certeza e que encontraria a razão de toda aquela confusão causada.

25Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Empty Re: Capítulo 1 - Perigos no Trânsito Seg Jun 22, 2009 1:53 pm

Dana

Dana
Parceiro Mirim
Parceiro Mirim

Todos queriam ajudar a parar aquela coisa enorme feita de metal pesado que estava sendo arremessada sobre todoas aquelas pessoas, atravessou paredes, quebrou vidros, nada ia parar aquilo? Chegou mesmo a castigar o corpo de Siren-5, a garota ruiva ajudou, tentava ao menos era o que Pandora pensou, cumprindo as ordens do professor. O garoto que conversava alegremente com elas, também sumiu, pareceu sentir dor, e "evaporou" do ônibus. O professor foi quem conseguiu parar aquela coisa. Ela ficou cansada, o suor escorria por sua testa e seus olhos pareciam com os de alguém que entrava em contato com os mortos, voltando-se para cima, era a magia, sua maldição, o que estava com ela como esteve com outros de sua família a várias gerações atrás.

Foi pro causa dela que a maioria dos Machimillian foi rejeitada, e escurraçada dos locais onde vivia, poucos benefícios trouxe, e assim sempre seria na mente, de Pandora, como estava sendo este seu pensamento depois do que ela fez quando perdeu o controle daquilo. Sentiu a terra sair do meio de todo aquele concreto, ferro e asfalto, de grão em grão, como uma tempestade formando-se abaixo dos pés dela, mesmo estando o elemento longe, ainda. Então veio o descontrole, os rochedos sendo jogados do "ventre" daquele lugar, os carros sendo partidos, as pessoas atingidas, ela jurou ter visto sangue, matou alguém? Será que desta vez ela foi longe demais? O coração parecia ter encolhido no interior do peito e sua respiração era forçada. Ela abaixou a cabeça e encarou os próprios pés, que ficariam ali dentro daquele ônibus sem qualquer tentativa de mover-se, não somente pela ordem do Professor, mas sim pela sua enorme falta de força de vontade. E se a vissem?

E se soubessem que a garota bruxa foi quem tentou lhes machucar, mesmo tentando ajudar interiormente? Ninguém nunca entendia, ela sentiu derrotada sem nem ter lutado. As possiblidade de impedir aquele cofre de atingir todas as pessoas, eram grandes tendo os poderes que tinha, mas escolheu justamente o que menos controlava, e o que menos havia ali. Confusa e sentindo-se incompente ao mesmo tempo, afastou de qualquer contato com a tia ela falhou com Pandora, segundo a visão da garota, pois sempre fora seu porto seguro quando aquelas "explosões" ocorriam e desta vez quando ela mais precisou, ela falhou. Bruxa decadente. Jogava a culpa na mulher e mais nela, por ter tentado ajudar. Sua mente estava confusa, e tudo passava lentamente. Tinha de ao menos tentar fazer o que o Professor pediu e não machucar mais ninguém.

Porém, por mais que seu esforço fosse grande, ela não conseguiu fazer aquilo. Nem mesmo com sua tia ali, nem mesmo invocando a imagem da adorada mãe, nada. Pandora continuava em vão forçando seu poder e parar, mas as rochas continuavam lá e ela temia que mais surgissem.

Conteúdo patrocinado



Ir para o topo  Mensagem [Página 1 de 3]

Ir à página : 1, 2, 3  Seguinte

Tópicos semelhantes

-

» Capítulo 1 - Dia de Treinamento

Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos