-Rua Maltese, 311, Brooklyn, NY. 21h33.
Desde o dia em que decidiu que o traje fotônico não podia pertencer aos objetivos cobiçosos dos militares, Peter Dickinson teve que aprender a se mudar. Apesar da perseguição diminuir consideravelmente desde que começou a utilizar a armadura para combater o crime, ainda podia sentir que os cabeças da Operação Amanhecer estavam atrás de seu mais bem sucedido protótipo.
De longe este apartamento em Nova Iorque foi uma de suas melhores aquisições. Havia conseguido um emprego de professor de física em uma universidade local, e com apenas três cadeiras por semana, conseguia se manter relativamente bem, e tinha tempo para trabalhar como Fulgor.
Este era um dos momentos de lazer que o herói desfrutava. Sentado no sofá, o cientista tinha a televisão ligada a sua frente, mas distraía-se mais com as faíscas que brotavam da manopla que ele estava consertando. As faíscas se chocavam contra o óculos protetor do herói enquanto ele usava uma pequena caneta-laser para reparar os circuitos da manopla que eram conectados a bateria reserva, destinada para as atividades noturnas.
Era difícil viver sozinho, principalmente depois da morte de sua amada garota. Tudo seria tão mais fácil se ele não tivesse sido tão negligente com ela. Não havia uma única noite que não pensasse nela.
Ao erguer os olhos para o televisor, o gênio científico percebeu a correria das câmeras de um helicóptero que filmavam uma perseguição nos arredores da cidade. Três viaturas da polícia perseguiam uma caminhonete negra, marcada com furos de balas. O âncora do jornal destacava incessantemente que "O Coveiro ataca novamente", e desta vez as vítimas haviam sido dois irmãos que moravam nos limites da cidade.
Fulgor já tinha ouvido falar muito do tal Undertaker. Os jornais e os noticiários diziam que ele era louco. As pessoas nas ruas, que ele era um vingador dos mortos, e que podia falar com eles. Já fazia mais de um ano que a polícia tentava capturá-lo, sem sucesso. O cientista soprou a brasa de alguns cabos de cobre da manopla, quando ouviu o telefone celular tocar e vibrar ruidosamente.
Por um momento o cientista hesitou. Poucos possuiam aquele número. Era uma forma de contato para amigos chegados, apenas.
Ao atendê-lo, o herói fora surpreendido pela voz ofegante de um antigo amigo seu de trabalho, com quem mantinha telefonemas periódicos havia algum tempo, o Doutor Simonks.
-Peter! PETER! Você precisa me ajudar! Eles estão atrás... ARGH... eles estão atrás de mim...estou na ponte de Manhathan, você precisa m.
E então a ligação caiu, restando apenas os repetitivos toques da linha encerrada.
Desde o dia em que decidiu que o traje fotônico não podia pertencer aos objetivos cobiçosos dos militares, Peter Dickinson teve que aprender a se mudar. Apesar da perseguição diminuir consideravelmente desde que começou a utilizar a armadura para combater o crime, ainda podia sentir que os cabeças da Operação Amanhecer estavam atrás de seu mais bem sucedido protótipo.
De longe este apartamento em Nova Iorque foi uma de suas melhores aquisições. Havia conseguido um emprego de professor de física em uma universidade local, e com apenas três cadeiras por semana, conseguia se manter relativamente bem, e tinha tempo para trabalhar como Fulgor.
Este era um dos momentos de lazer que o herói desfrutava. Sentado no sofá, o cientista tinha a televisão ligada a sua frente, mas distraía-se mais com as faíscas que brotavam da manopla que ele estava consertando. As faíscas se chocavam contra o óculos protetor do herói enquanto ele usava uma pequena caneta-laser para reparar os circuitos da manopla que eram conectados a bateria reserva, destinada para as atividades noturnas.
Era difícil viver sozinho, principalmente depois da morte de sua amada garota. Tudo seria tão mais fácil se ele não tivesse sido tão negligente com ela. Não havia uma única noite que não pensasse nela.
Ao erguer os olhos para o televisor, o gênio científico percebeu a correria das câmeras de um helicóptero que filmavam uma perseguição nos arredores da cidade. Três viaturas da polícia perseguiam uma caminhonete negra, marcada com furos de balas. O âncora do jornal destacava incessantemente que "O Coveiro ataca novamente", e desta vez as vítimas haviam sido dois irmãos que moravam nos limites da cidade.
Fulgor já tinha ouvido falar muito do tal Undertaker. Os jornais e os noticiários diziam que ele era louco. As pessoas nas ruas, que ele era um vingador dos mortos, e que podia falar com eles. Já fazia mais de um ano que a polícia tentava capturá-lo, sem sucesso. O cientista soprou a brasa de alguns cabos de cobre da manopla, quando ouviu o telefone celular tocar e vibrar ruidosamente.
Por um momento o cientista hesitou. Poucos possuiam aquele número. Era uma forma de contato para amigos chegados, apenas.
Ao atendê-lo, o herói fora surpreendido pela voz ofegante de um antigo amigo seu de trabalho, com quem mantinha telefonemas periódicos havia algum tempo, o Doutor Simonks.
-Peter! PETER! Você precisa me ajudar! Eles estão atrás... ARGH... eles estão atrás de mim...estou na ponte de Manhathan, você precisa m.
E então a ligação caiu, restando apenas os repetitivos toques da linha encerrada.